quarta-feira, 31 de março de 2010

Isto sim foi irritante

Escrever o post anterior fez-me recordar uma situação também passada no comboio há uns anos e que posso dizer que não só me irritou a mim como a carruagem inteira.

Ia um rapaz a ouvir música. Alto. Muito alto. Mesmo muito alto. Tão alto que o som nem parecia estar a sair dos auscultadores mas sim de um hi-fi. Todas as pessoas em redor começaram a olhar e a comentar. Às tantas uma senhora tocou-lhe no ombro. Ele não ligou. Tornou a tocar e ele olhou. Perguntou se não podia baixar a música, visto estar a incomodar as pessoas. Ele acenou que sim com a cabeça e não fez nada. Ficámos todos com cara de "não acredito que isto está a acontecer". E ele continuou a ouvir a música aos berros, tal como todos os passageiros da carruagem...

E antes que o Pedro Oliveira me torne a mandar ir de carro para Lisboa em vez de comboio, como fez num comentário anterior, aproveito para dizer que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Nem eu nem ninguém tem de aturar faltas de respeito seja onde for e esta situação que acabei de descrever não é nada mais do que isso, falta de respeito em relação aos outros. Eu até admito que uma pessoa não se aperceba que está a incomodar, agora quando alguém diz directamente que o está a fazer e nada é feito para mudar a situação, digo-vos, só dá vontade de espetar um tiro na cabeça dessa pessoa.

Preguicite aguda

Hoje vim no comboio em estado completamente apático. Nem ler me apeteceu... Ainda comecei a tirar o livro da mala mas pensei "não, vou ficar aqui a olhar pela janela sem pensar em nada". O silêncio estava a saber bem. Entretanto a rapariga que ia no banco atrás resolveu ligar para alguém. Ainda foi uma conversa longa, mas não me incomodou. Até parecia que me embalava com a sua voz...

A certa altura olhei para os restantes passageiros. Estavam todos a dormitar ou a ler. Um rapaz mais à frente devia estar como eu, pois parecia olhar para o vazio através da janela. Nisto começo a ouvir uma música... alta... Não era a RFM que se ouve regularmente no comboio (sim, o meu comboio tem destes luxos). Era música tipo discoteca. Não consegui confirmar, mas iam 3 adolescentes mais à frente e quase de certeza que o som vinha de um telemóvel. Só não me levantei e fui lá partir aquilo tudo porque estava com preguiça.


segunda-feira, 29 de março de 2010

A geração que questiona e adia a maternidade

Acabei de ler um post do blogue A vida de saltos altos e faço questão de o colocar aqui.

Não vou alongar-me mais porque o texto é bastante explícito. Quero apenas acrescentar que, qualquer que seja a razão pela qual uma mulher resolve adiar ou até mesmo não ter filhos, deve ser respeitada.

"Muita tinta tem corrido no país, e no mundo, sobre a questão das mulheres adiarem, cada vez mais, a idade de ter filhos. Confesso que quem trabalha mais de 8 ou 9 horas por dia, que gosta de dormir nas manhãs de fim de semana e até gosta de sentir direito a ter vida pessoal, aliado ao facto de ter um rendimento mensal miserável, num país que considera 800 euros um ordenado acima da média (e que se o PEC for aprovado vai também sofrer agravamento a nível de impostos), de facto, a ideia de ter filhos aliada à falta de segurança, decididamente não combina, a não ser que vejamos o tiro no pé como saída mais aceitável.

Sim até pode parecer egoísta, e possivelmente muita gente se poderá insurgir contra este facto, mas o certo é que ser uma mulher criadora é inversamente proporcional à procriação, a não ser que, se tenha dinheiro suficiente para pagar a uma empregada e a uma ama, para ter a casa em ordem, ou então ter um marido rico para pagar todas as contas, nos permitir ir ao ginásio 2 a 3 vezes por semana, e ainda pode comprar, sem pensar se vamos ficar sem dinheiro para as papas da criança, algo que nos dê alguma alegria, sem ser o simples facto de ser mãe. Estas últimas opções parecem-me novamente o equivalente ao tal tiro no pé.

Geração de 40 e geração de 70

Os casais tinham, na sua maioria, filhos na casa dos 20, conseguiam vê-los crescer, e passar férias juntos, porque as próprias empresas fomentavam a importância da vida familiar, através de contratos de trabalho justos, sem recibos verdes, que inclusive - creio que até ao final dos anos 90, talvez um pouco menos -, estavam restringidos aos profissionais independentes, que tal como o nome indica, eram independentes, sem vínculo a qualquer entidade patronal.

Hoje em dia, o que se passa em Portugal é o arrastar das situações precárias de uma espécie de emprego ad eternum, a recibos verdes, sem direito a férias, subsidio de férias ou Natal e que, ao mínimo abrir de olhos troca o mais fiel e dedicado dos colaboradores, por um estagiário que muito deixa a desejar, mas que é solteiro e sem filhos, e que se disponibilize até a ganhar menos, porque vive em casa dos pais e, como tal não tem contas para pagar.

Depois existem os sobreviventes, e digo "os", porque são homens e mulheres (apesar delas, em média, continuarem a ganhar menos, a fazer o mesmo ou mais que os homens com a mesma qualificação) que continuam a trabalhar precariamente, a pensar no dia em que chegam à empresa e lhe dizem que a partir do dia seguinte podem ficar em casa, e porquê? Porque infelizmente se têm de sujeitar a esta situação, pois há muito os pais lhes deixaram de pagar as contas, e, pelo contrário, têm de pagar horas extra a uma ama ou babysitter, por que os filhos não têm ninguém com quem ficar, quando têm de ficar até às 21 ou 22 horas no seu local de trabalho.

Ter filhos... talvez aos 40

Hoje em dia uma mulher adia os filhos por praticamente uma década ou mais, porque quer dar o seu melhor, atingir um lugar de topo e provar que não existe apenas para procriar, mas sim para criar algo que não seja um bolo, um bordado a ponto cruz ou umas botinhas para o bebé que gostaria de ter.

Nos dias que hoje correm, uma mulher adia a maternidade porque numa entrevista de emprego lhe perguntam se quer ser mãe, e vê muitas vezes a sua candidatura rejeitada, porque ao nascer lhe foi dado o dom de dar a vida.

Hoje em dia uma mulher adia a maternidade porque quer ter direito de chegar a casa depois do emprego e não ter de preparar biberons, trocar fraldas e porque quer dormir, ou relaxar no ginásio depois de um dia de loucos no trabalho.

Actualmente uma mulher adia a maternidade porque muitas vezes o companheiro está desempregado, e com o seu mísero ordenado mal consegue sustentar duas bocas, uma renda, contas da luz e do gás e conseguir deitar a cabeça sem pensar como vai explicar à entidade patronal que tem de faltar no dia seguinte, porque o bebé está doente e passou toda a noite com ele nas urgências de um hospital.

Então, será que ainda existem dúvidas sobre o porquê das mulheres adiarem a maternidade?"

domingo, 28 de março de 2010

Hoje sinto-me assim




Depois do dia excelente de ontem, hoje sinto-me com sono, preguiça, sem vontade de sair do sofá e de frente da TV. Sim, acho que é isso que vou fazer hoje.

Além disso, acho que estou a sofrer de uma espécie de jet lag. Deve ser por causa da mudança da hora...

SYTYCD

Estou neste momento a ver o So You Think You Can Dance e acabei de ver esta coreografia. Gostei, muito.

sábado, 27 de março de 2010

Será grave?

Hoje à tarde passei por uma situação que ainda não consegui perceber se é preocupante ou não.

Depois de um almoço com uma companhia muito agradável, fui tomar café, ou neste caso, um sumo de laranja, com uma amiga que não via há uns meses e a seguir fui às compras. Depois de ter concluído com êxito a tarefa obrigatória Ir à Worten Comprar Router, fui ao supermercado. Comprei tão somente pão, laranjas, pastilhas e vá, uns docitos.

Primeiro, constatei que demorei mais tempo a escolher o pão e as laranjas do que os doces. Quando cheguei à caixa, paguei 16€. Tendo em conta que 90% das compras eram doces, será grave?

Como se isto não bastasse, com tanto canal de cólidade, tenho estado a ver o concurso do Malato. É que se for caso para me preocupar, é melhor internarem-me com direito a colete de forças.

Muito zangada

Estou zangada, MUITO zangada!!

Eu que estava feliz da vida, tinha de acontecer algo para dar cabo da minha boa disposição.

Como hoje não ia estar em casa à tarde e não podia ver a patinagem, resolvi deixar a gravar. Instalei-me devidamente no meu sofá de tátil no colo para ir blogando e vendo o programa. Até aqui tudo perfeito. Começo a ver e chego a uma terrível conclusão: resolveram dar 2 horas de ciclismo e apenas transmitiram, em diferido, a prova de 4 patinadoras. O maior problema nem é o não ser em directo (apesar de ser isso o previsto), mas o facto de terem alterado toda a programação, terem transmitido o raio do ciclismo e não darem o MUNDIAL DE PATINAGEM!!!! MAS O QUE É ISTO PÁ?? Estou chocada!

QUATRO PROVAS?? QUATRO???? Como costuma dizer a minha amiga Maguita, what the fuck?!?!?!?! Sim, usei a f word porque estou mesmo muito irritada!

Nem sequer vi a minha querida Carolina Kostner que estava no 4º lugar após a 1ª prova!!! Estou que nem posso. Só me apetece é ganir!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Wireless Lily

E pronto, lá me rendi a mais uma tecnologia. Sou oficialmente uma Lily sem fios. Fartei-me de andar a trocar de cabo de rede pelos computadores todos e comprei um router sem fios. Sim, que aqui a minha pessoa quando trabalha é em grande. Chego a trabalhar com 3 diferentes, sendo 1 da empresa e os outros 2 meus. Estou neste momento na sala, de portátil no colo, a ver Fox Life e com um sorriso nos lábios. Já andei pela casa toda a testar a ligação e até na casa-de-banho tenho sinal.

Assim sendo, este post marca uma nova era na minha vida. É o primeiro a ser escrito uairelésse. Agora vou ali fazer umas tostas e voltarei com mais posts quentinhos. Até jjjáaaaaaaaaaaa

sexta-feira, 26 de março de 2010

Eu e a PJ

Ao fazer um comentário num dos posts anteriores, referi a PJ e lembrei-me de uma situação que passei há uns anos com esta entidade. Já  sei o que estão a pensar neste momento: "A Lily tem ligações à Pê Jota???"

O acontecimento remonta ao ano de 2005. Um sábado de manhã tocam à porta. O meu pai vai abrir e era a GNR. Perguntou por mim, o meu pai foi-me chamar... Perguntou ao polícia o que era, mas ele não abriu a boca. Eu cheguei à porta... pediu-me o BI... fui buscar... tornei a vir... escreveu... escreveu... não dizia nada... perguntei qual era o problema... cara séria... continuou sem falar... nisto diz assim "a senhora tem um automóvel com esta matrícula?"... confirmei... "então na terça-feira apresente-se no posto e não se esqueça da viatura"... continuei sem perceber nada... "mas afinal do que se trata?"... respondeu que não sabia ao certo, apenas estava a entregar a notificação, aquilo vinha de Lisboa, da PJ...

E pronto, passei o resto do fim-de-semana a pensar no que raio seria aquilo. Perguntei ao meu pai o que tinha andado a fazer com o meu carro (porque ele na altura costumava andar com ele às vezes). Resposta "EU??? Não andei a fazer nada, estás parva??" E eu a pensar "é bom que não tenhas feito nada, senão quem vai pagar as favas agora sou eu". Mas adiante...

Chegou a terça-feira. Lá fui eu para o posto da GNR, com o meu carro e os meu pais, claro. Sim, que eles não iam deixar a filhota ir presa sem mais nem menos.

Cheguei e mandaram-me aguardar pelos inspectores. Pensei eu "que giro, parece a cena de um filme". Nisto vejo chegar uma outra pessoa com um carro da mesma marca, modelo e cor do meu. A matrícula era quase igual, apenas mudavam os últimos números. De repente fiquei mais descansada, pelo menos havia mais suspeitos. Chega um carro, saem de lá dois tipos, pensei logo "são estes, têm mesmo pinta de inspectores".

Nunca estive muito preocupada, pois sabia que não me tinha metido em nenhuma alhada. O meu único receio era que houvesse a denúncia de alguém que afirmasse ter visto o meu carro num determinado sítio, a fazer sabe-se lá o quê. Depois seria a palavra de um contra outro.

Resumindo: estavam a investigar um crime que teria sido cometido com um carro com as características do meu.

PJ: Agora imagine quantos carros Seat Ibiza cinzentos existem em Portugal. Temos de os investigar a todos...

Começou por tirar fotos ao carro e fez-me várias perguntas sobre o mesmo: se alguma vez tinha tido um acidente, quando tinha ido à revisão pela última vez, se alguma vez foi assaltado, coisas banais. Depois começou a ser mais específico: se costumava ir ao Estoril, se já tinha ido ao autódromo... Depois "a" pergunta (esta sim, parecia ter saído de um filme): "Onde esteve no dia x de Abril"? Por acaso respondi de imediato, pois tinha regressado da Holanda no dia de trás, portanto lembrei-me logo que dia era. Disse que tinha estado em casa, que tinha regressado no dia anterior de uma viagem. Pensei "raios, por um dia que não tinha o álibi perfeito". Ele anotou tudo, no final mandou-me ler e assinar. Disse para não me preocupar mesmo que me voltassem a contactar, mas que em princípio não haveria problema.

Nunca mais tive notícias deles, felizmente. Gostei do inspector, era simpático.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sim, é perseguição

É oficial: o tal Tiago Lopes não me larga e até já tem o facebook do lado dele. Acabei de receber a seguinte mensagem:

Lembrete: Tiago Miguel Lopes convidou-te a juntares-te ao Facebook

Olá Liliana, a seguinte pessoa convidou-te para seres seu amigo no Facebook

Tiago Miguel Lopes

Invite sent: Feb 21, 2010

Outras pessoas que te convidaram para aderir ao Facebook:

Paulo Jorge Ferreira

Invite sent: Nov 10, 2009
 
E cá está o outro, o Paulo Ferreira que também já foi assunto aqui no estaminé - Podem recordar o incidente aqui
 
Este não é o primeiro convite, volta e meia insiste. Pelo menos com os e-mails parou, porque há tempos enfrentei-o e perguntei quem raio era ele para me estar a mandar tanta mensagem. Nem me respondeu, mas deixou de mandar (portanto resultou). Agora vem de mansinho e até já convenceu o facebook a mandar-me lembretes. Ai o catano!

Perseguição?

Um certo Tiago Lopes está farto de me mandar e-mails. Ele é convites para o facebook, para outras redes sociais das quais nunca ouvi falar, mensagens lúdicas, é só escolher. Pelos vistos conhecemos uma pessoa em comum, daí ter o meu endereço. Se, ao reencaminharem este tipo de mensagens, as pessoas utilizassem o método de colocar os endereços em Bcc, nada disto acontecia (eu faço sempre isso).

Acham que isto é perseguição? Creio que é motivo mais do que suficiente para mandar abater.
B., podes dar-me o contacto do teu hitman que o meu está de férias? Agradecida.

Hoje estou especialmente contente



Cheguei há pouco a casa de um encontro com duas amigas. Fomos ao cinema, jantar e claro que começámos logo com uma aventura. Nunca me tinha acontecido, mas entrámos na sala errada... Podia jurar que tinha visto o nº 7 à entrada, quando na realidade era o 1... Digo em minha defesa que os números eram quase idênticos e o facto de ter a sala 8 em frente só fez com que tivesse ainda mais certeza (pelo menos pensava eu).

A Sofia começou logo a resmungar, porque tinhamos pedido ao fulano da bilheteira lugares centrais e aqueles de centrais não tinham nada. Já dizia que no final ia lá falar com ele para lhe fazer um desenho. Claro que nos sentámos noutros lugares que não os nossos, pelo menos enquanto ninguém os viesse reclamar.

Nisto o filme começou e diz a Sofia "Mas o filme é este? Não pode ser isto..." Eu e a Carla só nos riamos. O curioso é que quando nos sentámos, no meio de uma pipoca e outra, dizia a Carla "Hum... não me parece que estas pessoas vão ver o Precious", ao qual a Sofia respondeu "Epá, estás a ser preconceituosa!"

Entretanto a Sofia resolveu confirmar com a rapariga do lado que filme era. Nisto o telemóvel dela cai e toca a apontar com a luz dos nossos para todo o lado a ver se o encontrávamos. Depois disso, lá saímos e fomos para a sala certa.

Sentámo-nos ao lado de duas senhoras, mas só durou uns minutos, porque elas resolveram mudar de lugar. Esta parte não percebi: seria de estarmos as três a comer pipocas, a rir e a falar imenso? Mas o filme ainda não tinha começado e nós sabemos comportar-nos como deve ser, ora essa. Seja como for, toca a mudar para os lugares delas para ficarmos mais ao centro. No final fomos jantar e tivemos uma conversa agradável.

Isto tudo apenas para dizer que me diverti muito. Comentava eu com elas que quando regresso ao lar depois de me encontrar com amigos, sinto-me mais leve e feliz. Sinto porque é bom estar entre amigos, principalmente quando são especiais. Faz bem dizer disparates e sobretudo rir que nem umas doidas. Obrigada à Carla P. e à Sofia pela excelente noite, adoro-vos!

terça-feira, 23 de março de 2010

Corrida à tradução? Não, obrigada

Há uns tempos atrás tive uma pega com um cliente. Sempre me contactaram por e-mail ou messenger e, a partir de certa altura, passaram a enviar mensagens colectivas. O que isto significa? Que as propostas de trabalho são enviadas a várias pessoas e quem responder primeiro, ganha.

Argumentaram que se perdia menos tempo assim, era mais prático para eles, etc. etc. etc. Eu também expliquei o meu ponto de vista e que me recusava a aceitar trabalho nessas condições. Arrisquei, muito, tendo em conta que poderia estar a perder o meu principal cliente, mas tive de demonstrar o meu desagrado. Eu sei que há empresas que fazem isto e, provavelmente, se tivesse sido este o método desde o início, até teria aceite. Como nunca o fizeram e já trabalho para eles há vários anos, recuso-me a participar em corridas. Felizmente as coisas correram bem para o meu lado e voltaram ao esquema antigo, pelo menos comigo.

Entretanto, uma das gestoras de projectos que mais trabalho me dá nessa empresa foi de férias esta semana e eis senão quando, hoje de manhã, recebo um desses e-mails vindo do gestor que a está a substituir.

É que até já tinha saudades, confesso. Aquela emoção de ser uma das escolhidas para receber uma mensagem desse calibre, a adrenalina a disparar por não saber se consigo responder dentro dos 30 segundos seguintes e ganhar a tradução. Sim, seria uma autêntica vitória passar à frente de toda a gente e fazer chegar a minha resposta mais depressa que as de todos os outros tradutores.

Por muito que digam que não, para mim isto é uma corrida e não estou para isto. Nunca fui fã de correr, calha bem! Quer dizer, agora uma pessoa não pode sair do PC uns minutos para ir fazer um xixi porque se arrisca a perder trabalho? Tenham paciência... Corridas? Não, obrigada.

segunda-feira, 22 de março de 2010

NY


É oficial: dia 8 de Maio pisarei território americano, mais precisamente Nova Iorque. E agora lembrem-se de arranjar outra gripe para me impedir de viajar (como o ano passado, quando já tinha os bilhetes para ir ao México) que eu digo-vos!

Certamente que será uma semana inesquecível...

Sim, até era uma criança sossegada

A minha amiga Carla P. escreveu há pouco um post sobre as suas aventuras enquanto jovem (in)consciente e quando estava a comentar, lembrei-me de que o que ia escrever também dava um post, então aqui fica.

Até hoje nunca parti nenhuma parte do meu corpo e era uma criança considerada sossegada, para bem dos meus pais (e meu, vá). No entanto, não é razão para não ter passado por algumas situações.

Não me lembro da idade que tinha nesta altura, mas ainda era bastante miúda. Era mais uma bela noite no reino da Lily quando a minha mãe resolveu vestir-me a camisa de dormir. Puxou-me o braço para passar na manga e... bom, digamos que o braço não ficou na posição esperada e toca a ir para o hospital com uma deslocaçãozita. Só tenho flashes desta noite, lembro-me da zona do quarto onde estava, da minha mãe a puxar-me o braço, de começar a berrar e de estar numa maca do hospital com uma enfermeira a puxar-me o braço para o pôr no sítio, ter dores que eu sei lá, chorar imenso e de pensar "deixa-me o braço em paz!!!!!!!!"

Também me lembro de andar às cavalitas do meu pai e espetar com a cabeça no chão, mas pronto, são coisas que acontecem.

A mais grave delas todas foi a que originou a marca que tenho um pouco abaixo do joelho direito. Um dia a mãe da Lily resolveu pô-la em cima da bancada da cozinha e dar-lhe de comer ali. Não se questionem pelo motivo de eu estar nesse local porque eu própria já deixei de o fazer. Digamos que eu era muito chata para comer e qualquer coisa servia para me distrair. Virou-se por uns breves momentos e eu achei que estava na altura de descer. Então virei-me e deslizei pela bancada abaixo. Teria corrido tudo bem caso não me tivesse esquecido dos puxadores dos armários que estão por baixo que, por sinal, são bicudos... Lá fiquei com um rasgão na perna e a minha mãe só via sangue por todo o lado... e pronto, esta foi a aventura mais radical da minha vida.

sábado, 20 de março de 2010

Hoje vai ser assim



Hoje o meu lanche vai ser batido de morango e bolo de laranja. Vai ser porque quero, posso e preciso. Estou enfiada em casa a trabalhar e necessito de um incentivo. Alguém me acompanha?

sexta-feira, 19 de março de 2010

O regresso

Esta semana regressei ao escritório e deu para matar saudades: dos colegas, das gargalhadas, dos bons momentos, dos stresses, das pequenas discussões.

Estava tão desabituada de ter passe que na segunda, ao chegar à entrada do parque da estação, em vez de colocar o bilhete próprio para abrir a cancela, carreguei no botão e tirei um novo. Fiquei a olhar para aquilo como se algo estivesse mal (e de facto estava). Entretanto lá validei o meu e segui.

Uma das vantagens de andar de comboio é poder aproveitar o tempo para fazer outras coisas, como ler. Nem sempre é fácil. De manhã as pessoas vão meio adormecidas, portanto dá para me concentrar e ler calmamente. Ao final do dia é mais complicado: estão todos mais eléctricos, na galhofa, a barafustar, etc. Numa das viagens de regresso, ouvia alguém a falar ao telemóvel "O quê?? Naaaaaaaa, eu cá não vou pedir desculpas nenhumas!!! E ainda lhe devia dar umas lambadas na cara!!". Foi algo deste género, mas enfim, sem comentários...

Normalmente evito sentar-me perto de crianças. Não que tenha alguma coisa contra, apenas porque sei que assim não conseguirei ler tranquilamente. Ontem na viagem de regresso a casa, sentou-se uma mãe e um filho à minha frente. Confesso que a minha mente ainda pensou "mais para a frente, mais mais", mas não pude evitar (e pronto, agora estão a pensar que eu sou mázinha, mas não é nada disso, nem foi por mal). O miúdo até era engraçado, tinha daquelas caras de malandro mas até era sossegadinho. No entanto, acabei por me distrair com a conversa deles:

Mãe: O que comeste hoje na escola?
Filho: Peixe com arroz de grelos.
Mãe com ar indignado: Foi? E comeste tudo?
Filho: Achas? Comi o arroz, não comi os grelos, mas comi o peixe! (com ar triunfador)

Não aguentei e sorri sem tirar os olhos do livro e pensei "como te compreendo". A Lily tem uns gostos estranhos: gosto de arroz, gosto de grelos, mas não gosto de arroz de grelos. Vá-se lá entender...

Continuando... Nisto fiquei pasmada a olhar de soslaio para o que a mãe tirava da mochila para ele comer: leite com chocolate, biscoitos de chocolate e batatas fritas. Mas pronto, o rapaz até comeu peixe nesse dia.

Entretanto, vou voltar a ficar em casa temporariamente devido a um projecto que vai necessitar de "esticanço" de horário e o facto de ser a semana dos mundiais de patinagem é pura coincidência.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Not a good day

Hoje o dia não está a correr muito bem. Por onde começar?

1. Talvez pela insónia desta noite e que não tinha há imenso tempo. É que não dei conta sequer de dormir alguma coisa de jeito. Lembro-me de ver passar as horas todas no relógio. Quando vi 7 da manhã pensei "pronto, agora é que não durmo mesmo" e claro que quando o despertador tocou às 8h supostamente para me acordar, mal conseguia ter os olhos abertos. Lado positivo? Com sorte logo deito-me e adormeço em 10 minutos.

2. Quando estou a sair de casa um pouco mais cedo, já a pensar que tinha de comprar o passe, chego à garagem, olho para o portão e vejo o carro do meu pai à frente. Os meus pais foram passar o fim-de-semana a minha casa e nem eu nem o meu pai nos lembrámos que o carro tinha de ser mudado de lugar. Resultado, lá volto eu a casa para ir buscar a chave, mudo o carro de sítio, volto a casa para deixar a chave e claro, lá se foram os meus minutos de avanço preciosos.

3. Fui obrigada a fazer uma condução à maluca estrada fora, com vontade de apitar até a um carro da polícia que seguia à minha frente e nunca mais se despachava, para tentar chegar a tempo à estação. Pensei que mesmo assim iria conseguir, isto se não estivessem 5 ou 6 pessoas à minha frente na bilheteira e claro que uma delas tinha de demorar o tempo das outras todas juntas. Comprei o passe e perdi o tal comboio...

4. Chego a Lisboa e mal saio da estação vejo um senhor já com alguma idade virado para uma parede. Claro que isto não podia ter um bom resultado e lá tive a infelicidade de ver essa pessoa a fazer o seu xixi.

Como se tudo isto não bastasse, chego ao escritório e deram-me logo coisas para fazer. Assim não há condições...

domingo, 14 de março de 2010

Horóscopo de hoje

"Your energy levels will be off the scale, and it could fall to your partner to grab hold of you and pull you down to earth with a thump. You need some fun and recreation, but you do have to attend to the daily realities first. If you are single, unexpected romance is in the air."

E nisto soa automaticamente na minha cabeça a música "Love is in the air", à qual não acho grande piada. Demasiado melosa, lamechas, românticazinha e "ai és o sol da minha vida, gosto muito de ti chuack chuack" para o meu gosto. Seja como for, quem nunca cantarolou esta música algures no tempo que atire a primeira pedra (cof cof).

Mas voltando ao assunto principal: gostei da parte "unexpected romance is in the air". Vou ficar atenta, afinal de contas, a Primavera tem destas coisas...

PS - eu não sou de me guiar por horóscopos, mas acho piada lê-los :D

sexta-feira, 12 de março de 2010

Que desperdício



Acabei de ler uma notícia que me deixou abalada. Passo a citar:

"Mais de 500 quilos de pipocas foram esta quinta-feira lançadas ao mar na costa de Aveiro durante um exercício simulado de combate à poluição. As pipocas, sem sal nem açúcar, serviram para simular uma mancha de poluição por combustíveis".

Eu não me importo que venham simular seja o que for a minha casa. Tenho um terraço que pode albergar facilmente vários quilos de pipocas, mas de preferência com açúcar.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Farta farta



Ter de traduzir 90 mil palavras sobre um assunto do qual não se percebe praticamente nada é difícil, muito difícil. Estou tão farta do projecto que estou a fazer que só me apetece desaparecer por tempo incerto. Detesto termos económicos e financeiros. Mas há pior, como uma tradução que fiz há uns tempos sobre tacos de golfe. Esse sim foi de enlouquecer. Jurei para nunca mais.

E agora vou buscar uns caramelos, com licença.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Caramelos


Já disse que adoro caramelos de fruta? Não? Está dito então. Já lá vão 5 (está a ser um dia difícil, ok).

Pronto, era só isto. Roger and out.

terça-feira, 9 de março de 2010

What the fuck?!

A Maguita diz que não quer falar sobre isto, porque sobe-lhe a tensão e corre o risco de a cabeça dela explodir. Assim, delegou-me a tarefa de abordar esta questão.

Existem clientes que são autênticos chulos. Não, não estou a falar disso suas mentes perversas. Estou a falar na área da tradução. Já falei sobre isto várias vezes com a Maguita e hoje a Carla P. contou-me uma situação que acaba por comprovar isso mesmo. Teve uma proposta de tradução em que pagavam menos de metade do que seria minimamente aceitável. E não, não estou a exagerar.
Vejamos se consigo resumir o significado de preços baixos para nós:

1. Gozar com a nossa cara
2. Não ter respeito pela nossa profissão
3. Não dar valor ao ser humano
4. As pessoas que cobram preços de merda tiram o ganha-pão aos tradutores bons, qualificados e honestos
5. Passam a existir traduções mal feitas
6. Abre-se o precedente de que "os tradutores são uma espécie laboral a ser mal tratada"

Isto não se passou pessoalmente comigo (porque ainda não calhou), mas sei de casos em que são propostas traduções a preço muito baixo. Eu até entendo que uma pessoa ceda a estes valores se estiver em desespero de causa. O problema é que isto acaba por prejudicar toda uma profissão.

Eu recusaria, é uma questão de princípio e só lamento que existam pessoas que aceitem.

Em relação ao título deste post, é só mesmo o que me vem à cabeça para resumir tudo isto. Aliás, foi a primeira coisa que a Maguita expressou quando lhe contei.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ménage-à-quatre-sur-un-blog

Se, seja por que motivo for, alguém tiver interesse em ler um blogue escrito pela Maguita, pela Carla (aka Picante), pelo B. e por moi-même, avance sem medos até http://menage-a-quatre-sur-un-blog.blogspot.com/.

Atenção: não me responsabilizo pelo conteúdo dessa página, nem sequer pelos posts escritos por mim.

And the oscar went to...


Pela primeira vez assisti a uma cerimónia dos óscares na totalidade. Claro que só me pude dar ao luxo de ficar a ver até às 5 da manhã porque hoje estou a trabalhar em casa.

Não vou fazer nenhuma análise exaustiva, apenas referir que estou feliz, muito feliz. A Sandra B. teve o reconhecimento pela sua interpretação. O filme ainda não estreou entre nós, mas não tenho dúvida nenhuma de que foi mais do que merecido. Quando chegar até nós, será um dos filmes a estar no meu top para ver, sem falta! 

E isto até poderia ter bastado para me deixar feliz, mas fiquei ainda mais quando a Kathryn Bigelow foi receber o óscar para melhor realização. A quarta mulher a ser nomeada, mas a primeira a vencer. E ainda mal tinha saído do palco, voltou novamente para receber o de melhor filme. Kathryn 6, Cameron 3. Lá teve ele de engolir em seco...

Feliz Dia da Mulher para todas nós :-)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Je suis choquée


Fui eu agora ligar a caixa mágica para ver uma coisa na lista de canais e eis que reparo que tenho mais uns quantos. Até aqui tudo bem, mais uns em HD e tal. Nisto vejo 2 canais adicionais: Fox Next e Fox Life. Pensei "não, devem ter-se enganado e puseram isto aqui sem sinal". Mas não! Estão mesmo a funcionar!

Resumindo, passo de 1 Fox para 4 (sem contar com o canal em HD)... E agora pergunto-me: como é que querem que uma pessoa se concentre a trabalhar com tanta Fox junta, hein??

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Cantinho é serviço público




Inspirei-me numa conversa que acabei de ter com a amiga Eli para escrever este post. Dizia-me ela que estava a rir que nem uma doida com os comentários. É bom saber que o meu blogue está a prestar serviço público. Fico contente por saber que os meus leitores se divertem, afinal de contas é um dos meus objectivos.

Agradeço aos meus fantásticos comentadores os deliciosos momentos que proporcionam não só à minha pessoa, mas também aos restantes leitores. Obrigada, merci, gracias, danke, grazie!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Lily Digital


É oficial: já tenho o serviço digital instalado.

Estive a dar uma olhadela nos canais (uma pessoa tem de fazer sempre um voo de reconhecimento antes de se aventurar) e quase adormeci num chamado myzentv (existe cada canal...), a olhar para uns peixinhos no mar. Agora de 1 passo a ter 3 canais Fox. Entretanto tentei não ficar mais de 5 minutos na Fox Crime, caso contrário já não me levantaria do sofá. Vi 2 minutos do Sony e parece-me que também vai ser daqueles a seguir. Agora estou aqui a tentar trabalhar mas sem concentração nenhuma, que isto é como dar um brinquedo a uma criança.

Sempre sonhei um dia poder parar literalmente um programa para poder ir ao WC e não ter de esperar pelo intervalo. De facto, estas caixinhas são mágicas...

Agora sim, vai ser a minha desgraça...

Qashqai



Por favor, digam-me mal deste carro. É que eu ando com umas ideias malucas, ando ando. Nem sequer o vou ver ao stand para não me arriscar a sair de lá com um.

Sempre que o vejo na rua fico parada a olhar e a pensar "raios, o carro é mesmo giro". Para ajudar à festa, os meus pais há dias resolveram ir vê-lo a um stand. Quando falei com eles foi um festival:

Pais: É verdade, fomos ver o "teu" carro, está aprovado
Eu: Não quero saber, não me falem disso! E a bagageira, é grandita? É mesmo giro, não é? Ai não, não quero saber!

Como se não bastasse, o meu pai passa os dias a dizer para eu o comprar. E uma pessoa não é de ferro... Assim não dá né!!

terça-feira, 2 de março de 2010

É bom ouvir isto


Há bocado um cliente perguntou-me se podia fazer uma tradução, mas era numa ferramenta nova. Comecei a desconfiar, porque isto de ferramentas "novas" pode dar bronca. Ainda deixei escapar um "talvez seja melhor dar a alguém que já tenha usado essa ferramenta", mas depois a simpática gestora de projectos diz "costumamos fazer este tipo de tradução internamente, mas como neste caso não nos é possível, lembrei-me da Liliana, que é sempre mais desenrascada". E pronto, foi o suficiente para ficar rendida. Como não podia desapontar a minha fã, aceitei o projecto. Veremos como corre.

Não é a primeira vez que um cliente me considera "desenrascada". Será que os anos de experiência começam a notar-se? É sempre bom ouvir isto.

FarmVille again


O FarmVille continua a estar na boca do mundo. Li há dias uma notícia que começava assim: "Quinta virtual que arrasta milhões de agricultores. Acordar às 5 da manhã para colher tomate é a mania dos novos agricultores... Não acredita? Conheça o mundo FarmVille".

Não, não faço parte destas pessoas que acordam de madrugada para ir colher, até porque prezo muito a minha caminha e só me levantaria de madrugada em caso de extrema gravidade ou para ir de viagem, mas adiante.

Pelos vistos, existem mais de 80 milhões de agricultores virtuais por mês, 31 milhões por dia. É este o número de pessoas que se juntam nesta aplicação da rede social Facebook para gerir e aumentar a produção animal e agrícola nas suas "quintas". Dos 400 milhões de utilizadores do Facebook, um quinto aderiu à moda da agricultura virtual, a um ritmo de 10 milhões de novos agricultores a cada mês.

Até aqui tudo bem. Agora a parte que me deixou verdadeiramente preocupada. O FarmVille foi testado recentemente num telemóvel Android, antecipando o caminho da agricultura virtual para os telemóveis. Mas o que é isto pá? Não façam uma coisa destas, FarmVille no telemóvel é que não, ppllllleeeeaaaassseeee!!

Quer dizer, não basta começarmos a jogar inocentemente um joguito apenas como distracção e ocuparmos parte do nosso dia a plantar batatas e a colher flores, como agora querem que estejamos num local público e que saquemos do telefone para controlarmos a hora de colheita das couves? Depois admiram-se que as pessoas fiquem viciadas...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Como é que não hei-de ter um fraquinho pelo Clooney?



Como é que uma mulher fica indiferente a este senhor? Perante tal romantismo, é impossível.

Querem saber a última dele? Ofereceu uma prendita à namorada, coisa pouca: uma ilha com um castelozito lá no meio. Parece que fica em Loreto Island, no Lago Como...

Vou ali bater em alguém, já venho.

Uprising


Como hoje é segunda-feira, o dia menos apetecido da semana (excepto se for feriado), é uma boa altura para colocar aqui uma musiquinha.

Não posso dizer que sou fã de Muse, até porque não conheço o suficiente para tal. O que eu sei é que gosto bastante desta música...