Acabei de ler uma notícia com o título que coloquei neste post.
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa referiu que a tolerância de ponto concedida pelo Governo aos funcionários públicos no dia 13 de Maio, devido à visita de Bento XVI, é um serviço ao povo português, maioritariamente católico.
Entretanto achei brilhantes dois comentários de leitores a essa mesma notícia:
"Pois claro que estou de acordo. Eu e a maioria dos portugueses. Para uma folga a meio da semana, quem é que não é cristão? Só que aquela coisa do défice e da produtividade é que é capaz de se ressentir, mas não é nada que umas boas orações não atenuem." - Sou obrigada a concordar. É que quando toca a borlas, as pessoas passam a ser o que for necessário. Quanto à produtividade e ao crescimento do país, é fácil de resolver: aumentam-se os impostos, aprovam-se PECs e o raio que os parta e está tudo fixe na mesma.
"Tolerância de ponto no dia 13/05 para os funcionários públicos é serviço ao povo?! E eu que pensava que os funcionários públicos quando trabalhavam é que prestavam um serviço ao povo, afinal é só quando não trabalham!" - Mas assim é que é minha gente, prestam serviço ao povo quando trabalham mas também quando não trabalham. Sua cambada de invejosos!
Se acho bem a tolerância devido a este motivo? Não. Porquê? Porque isto é tudo muito bonito, mas todos sabemos que apenas uma minoria vai de facto "celebrar" a vinda do Papa a Portugal. Não discuto a importância da visita papal, mas agora pergunto eu: se o Ricky Martin viesse até cá um dia de semana abanar as suas lindas ancas, o governo também daria tolerância de ponto? É que para mim e uns quantos milhares de pessoas seria importantíssimo celebrar a vinda dele, no entanto, aposto que ninguém com poder para dar folgas neste país se ia preocupar com isso!
Pronto, agora vou ali rezar um Pai Nosso e duas Avé Marias para me redimir do que escrevi...