terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O regresso


Depois de uma temporada a trabalhar em casa, regressei hoje ao escritório. Eu que vinha toda animada, pois também é bom o convívio com os colegas e até já tinha algumas saudades. No entanto, mal saí de casa e quase me arrependi de o ter feito.

Não, não me aconteceu nada de mal ou de grave. Apenas lidei com o típico mau humor (especialmente matinal) tão presente na maioria das pessoas.

Eu não sou uma pessoa nada matinal. Confesso, é verdade. O meu pai passa-se comigo, porque ele é daquelas pessoas que mal acorda se põe a cantar, a assobiar e diz "bom dia!" todo animado. Depois eu respondo num "bom dia" meio a resmungar e sem energia nenhuma, ao qual ele responde "tu e essa tua cara". Peço desculpa por não começar logo a pular em cima da cama de alegria, mas preciso de uns minutos até despertar totalmente e atingir o meu estado normal. 20 minutos depois tudo bem, já ponho o meu sorriso característico e siga o dia.

Quando saio de casa de manhã para ir trabalhar, posso dizer que já estou no modo normal: vou para o carro, ligo o rádio, vou a cantarolar durante o trajecto e se precisar de lidar com alguém, faço-o com um sorriso nos lábios, simpática e, acima de tudo, de forma educada.

Ora estou eu na entrada do parque da estação, carrego no botão para tirar o bilhete e... nada... A máquina fica "fora de serviço" e eu suspiro. Pára uma senhora atrás de mim (que deve ter ficado 10 segundos dentro do carro) e nisto sai disparada. Antes que ela dissesse alguma coisa, digo-lhe que a máquina tinha acabado de ficar fora de serviço. Ela, de uma forma ligeiramente brusca, diz "tire o bilhete e resolva depois o problema, é assim que eu faço". Então, ponho uma cara de parva (apesar de continuar a sorrir) e digo "pois, é isso mesmo que estou a tentar fazer, porque preciso MESMO do bilhete do parque...". Nisto carrego no botão e aviso o funcionário do problema da máquina. A outra condutora voltou para o carro e prontamente veio uma funcionária toda simpática resolver o assunto.

Eu também ia apanhar o comboio, também me queria despachar e não estava propriamente a querer ficar dentro do carro à espera, mas adianta alguma coisa resmungar? Se ela tinha pressa, eu também tinha portanto teve de esperar o mesmo que eu e acabou.

Continuei a sorrir e desejei um bom dia à funcionária do parque. E para voltar ao bom humor, nada como ir a ler o livro da Pipoca no comboio :D


6 comentários:

Pedro disse...

Sempre a resmungar... LOL

Maguita disse...

Pois agiste mal. Quando o assunto ficou resolvido, devias ter ido buscar o extintor e mandado o conteúdo num jacto potente para a cara da mulher. Sempre com um sorriso :-)
Nada como um despertar revigorante.

B disse...

D.Maguita,que violencia excessiva é essa?
Sabe que um jacto desses é passivel de vazar uma vista??
De qualquer forma a estimada Lily tem uma forma perigosamente sensual de resolver os problemas com o seu sorriso.
Confesso que já não é a primeira vez que me deixo atrair pelo seu sorriso e acordo horas mais tarde numa banheira cheia de gelo e com pontos onde custumava ter o meu figado...
Eu já a avisei relativamente a levantar cedo,em que é uma tarefa que requer alguns anos de treino.
Eu antes das 09h nem tenho ponteiros no relogio porque considero pecado.
Bom resto de semana.

Maguita disse...

B., pensando melhor, realmente foi excessivo. Mas sabe, desde o dia em que se recusou a dizer-me onde fica o talho do Sr. Carlos, nunca mais fui a mesma.

B disse...

D. Maguita,só lhe digo o seguinte:
Consulte o êxodo 20:14, Mateus 5:27-28 "Não adulterás".

Maguita disse...

Mas quem falou em adultério?