Depois da descrição da Carla Picante
aqui, resta a minha. Numa única palavra: adorei.
É um mundo numa única cidade e é, de facto, diferente de todas as outras. Toda a gente já ouviu falar da sua grandiosidade, a qual se confirma em todos os aspectos. Um dia destes farei outro tipo de descrição no meu blogue de viagens, o Evasões. Entretanto aqui ficam algumas curiosidades:
Não se vêem carros pequenos: devo ter visto uns dois ou três Golf e nada mais. De resto, além dos táxis e camiões, só mesmo SUVs, limusinas, desportivos e Lincoln, estes últimos pretos e com o respectivo motorista. A maioria das pessoas não tem automóvel próprio simplesmente porque não precisa: a rede de transportes é boa, o que lhes permite chegar rapidamente a qualquer ponto da cidade. Quem tem mais possibilidade, usa táxis e carros de aluguer. Quanto a marcas, maioritariamente Mercedes e BMW. Ah! Já me estava a esquecer do Escalade. Ai o Escalade com as suas jantes de não sei quantas polegadas (entenda-se, enormes) super brilhantes. A Carla diz que eu fiquei fascinada e fiquei, confesso. Acho que foi do brilho. Lá circulam tantos Escalade como cá os Peugeot ou os Seat.
Adorei as matrículas, até comprei uma personalizada, a qual mostrarei a seu tempo (não estragues a surpresa Picante, caladinha!).
Uma das coisas que a Maguita me perguntou foi se tinha assistido a alguma cena à la NY, o que aconteceu. Uma certa manhã, ao sairmos do hotel, estava o porteiro a gritar com um taxista. Não consegui perceber o que este último lhe dizia, só ouvia o porteiro a gritar MOVE YOUR CAR! MMMOOOOVVVEEEEEEEE!!! A 1ª coisa que pensei foi "isto em Portugal dava em porrada" e fiquei à espera de ver o taxista sair do carro. Mas não, ele arrancou e foi-se embora. Só tenho pena de não ter um vídeo para mostrar, mas fui apanhada desprevenida.
Em relação aos doces, lá provámos o famoso Red Velvet cake, cuja foto a Carla já colocou no
Ménage. Comeu-se mas não foi nada de espectacular. Tinha preferido uma bola de berlim ou um palmier recheado.
De salientar ainda o facto de nos termos perdido algures em Brooklyn. Vamos lá ver, não foi assim perder perder. Resolvemos atravessar a Ponte de Brooklyn e já que estávamos do outro lado, dar uma volta. O pior é que não tinhamos mapa daquela parte e a Carla só dizia "ai, sem mapa não me consigo orientar". Sim, que a minha Picante é um autêntico GPS humano com um mapa nas mãos. Nisto começámos a andar no meio do people, os "mámens" como lhes chamo, e a Carla para mim "hum... Lily? Acho melhor sairmos daqui o mais rápido possível". Só me dava vontade de rir, porque apesar de termos andado em zonas aparentemente mais complicadas, nunca senti receio nenhum. Mas eu descansei-a dizendo "não te preocupes, eu digo-lhes "yo mámen, it's Lile wwaaassssuuuppp" e tudo se resolveria.
Resumindo: amei esta cidade e fiquei com vontade de voltar. Valeu a pena o voo de ida cheio de turbulência só para a conhecer, mas isso fica para contar noutra ocasião.